O arquiteto por sua vez, trabalha em conjunto com diversos profissionais, assim como o designer, e tem papel fundamental na criação destes complexos urbanos e do espaço geográfico construido. Já o usuário tem papel fundamental na utilização dos mesmos e consequentemente na sintetização dos resultados funcionais, sensoriais, fenomenológicos e nas diferentes formas de percepção que tais estruturas podem promover. Toda esta complexificação nos traz a uma reflexão sobre a dialética do espaço vivido e concebido, sobretudo sobre o espaço geográfico a partir da fenomenologia.
Para entender estes conceitos, nos foi proposto fazer um exercício de percepção no qual registramos através de desenho, as linhas de percurso entre o nosso lar e a Escola de Arquitetura da UFMG. Para isto criamos um Mapa Mnemônico, ou seja, um mapa baseado em nossas memórias, independente de representações cartográficas e sem qualquer fidelidade com a realidade. Abaixo segue a minha representação, já refinada em vetor, mostrando meu trajedo mnemônico de casa até a escola com alguns pontos de referência.


A Fenomenologia, por sua vez, discute estas questões. Quando um espaço é representado de forma não congruente com a realidade cartográfica, não significa que tenha sido apenas erro de registro aleatóreo, ou total falta de domínio nas referências espaciais. Em resumo significa que "as experiências promovidas por aquele espaço/tempo promovem a distorção do espaço real para o vivido, interferindo substancialmente em sua percepção".
O artigo "Reflexões sobre o espaço geográfico a partir da fenomenologia", por Matusalém de Brito Duarte, Mestrando em Geografia pela UFMG, trata em detalhes estas questões.
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